Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma noite de vodka, novas amizades, cigarros e canções desafinadas ...


Diferente dos outros textos, esse não se trata de um texto lírico, poderia falar aqui sobre alguns momentos daquela noite. Momentos que passei em um quanto qualquer, embaixo de uma arvore, pensando, mas não citarei esses momentos, quero apenas descrever alguns pensamentos de uma bela noite, diferente das noites que estou acostumado.

Primeiramente já tenho que destacar uma nova experiência, com a Vodka. Já tinha bebido antes, mais pouca coisa, quase nada. Ainda me aventurei lá em uma dose de vinho que me deram, mas estava uma merda, não sei se o gosto era ruim mesmo ou meu psicológico que achou melhor não aceitar o vinho naquela noite. (farei muitas comparações da vodka com o vinho por aqui).
A vodka me trouxe uma alegria diferente, não uma melancolia ou lembranças como o vinho. Trouxe-me também certa excitação, não aquele desejo que o vinho trás, o vinho desperta em total exagero um desejo que já tenho e mesmo após a embriagues o desejo continua forte. A vodka me deu um desejo totalmente vulgar, algo carnal mesmo e momentâneo. Mas Foi algo realmente bom, talvez minha alma precisasse. O problema da vodka que ela trás uma falsa felicidade, já tenho outros meios de adquirir felicidade instantânea, fico com o vinho mesmo que trás a realidade, seja ela em melancolia ou felicidade.

Não conhecia todos os presentes, mas admirei a simplicidade de cada um. Muitos reclamam que o são João vai ser uma merda pelo fato que não irão viajar. Mais todos aqui, em um simples luau, em um dia sem a imagem da lua no céu, em um lugar qualquer, ao redor de uma fogueira que mal quer pegar e tocando nossas musicas desafinadas, mais todos felizes e compartilhando um bom momento.

Conheci novas pessoas também, incrível como ultimamente minha lista de amigos esta crescendo de tal maneira. Isso é bom. Gostaria de falar um pouco sobre cada uma daquelas novas almas, mais não agora, quem sabe em outra oportunidade.

Ali no meio de algumas dezenas de pessoas, fico imaginando. O que me faz diferente de cada um? O que me faz sentir esses arrepios?
Chego a varias conclusões diferentes observando os mesmo fatos que os outros.
Eu só queria mais tempo para fazer tudo que eu desejo. Eu só queria mais tempo para me repetir. Eu queria mais tempo para ser eu pelo mesmo por alguns minutos ou para não ser eu nunca mais. Eu queria chegar em casa mais cedo só para tomar uma taça de vinho sem me perder em devaneios. Eu queria mais tempo para ler meus livros. Eu queria tempo para preparar minhas pizzas exageradas. Eu queria tempo de assistir aos meus filmes que estão acumulando no guarda-roupa, ou assistir Jackass pela centésima vez. Eu queria mais tempo para chegar em casa e escutar o album "Razorblade Romance" como se tivesse todo tempo do mundo.
 Eu queria mais tempo para não morrer nunca. E então ser o maior número de eus que eu conseguir.
Viajando completamente, melhor para por aqui. Foi uma bela noite. Todas as almas deveriam olhar as coisas não de outro modo, mas de vários. Temos que multiplicar as virtudes e depois criar novas.

Ame o próximo, sua família, seus amugos, sua amada. Ame-se. o resto? Ame também.
Ame, embriague-se e foda, você irá se fuder, mas valerá à pena. (ou não)

OBS: Texto inepto e talvez sem sentido, distante de ser o que gostaria de escrever. Da próxima irei lá à conzinha pegar um espremedor de laranja para espremer tudo que gostaria.

domingo, 26 de junho de 2011

Perigo Poético ...

Precisava livrar-me daquela prisão. Já é tarde e seria perigoso, mas preciso sair sem rumo. Andar. Pensar. Ou simplesmente sair daquele quarto.
Aqui estou. Andando em uma rua que nem sei o nome, que se dane, não faço questão de saber. Pra quê? Apenas quero acalmar as dores, beber, caminhar; qualquer coisa que faça meu corpo ficar entorpecido.
Causar torpor em minha alma pra me deixar feliz.
Milhões de acontecimentos neste exato momento. Pessoas morrendo, pessoas nascendo, vários amores não sendo correspondidos, traições, cartas sendo queimadas e vários olhares.
(Totalmente sem sentido isso) .
Me sinto como aquelas cobaias (ratos de laboratórios). Rodando, rodando, rodando, rodando, paranóicos pra caralho. Existindo pelo simples fato de existir. Obedecendo ao seu papel de “merda nenhuma”.
 “Às vezes acho que nasci na década errada,
tenho princípios que já se perderam, amo coisas que já não se dá mais valor.” (Letícia Zampier). Sinto-me o ultimo ultra-romântico. Eu sou o ultimo ultra-romântico, com uma pequena diferença, aqueles malditos sabiam a arte da conquista. Talvez eu saiba, mas não o suficiente.



Caminhando devagar. Hoje não tenho a pressa dos outros dias, ando em busca do nada, devagar. Perambulando por ruas com uma garrafa na mão e na mochila Charles Bukowski. Olho para o céu, meus anseios. Sim, eu quero acreditar, ainda que seja difícil. Fecho os olhos. O amor é verdadeiro, mesmo que sinta que é ilusão. Devo lutar até minhas mãos sangrarem. É meu próprio vermelho e viscoso sangue.
Esse lugar me trouxe sensações estranhas. Pego o celular para bater uma foto dessa rua. *suspiros*. Vejo a foto dela, como proteção de tela. Mas ela está tão longe, tão distante dos meus braços curtos e inúteis. Vou fugir para dentro de mim mesmo, quem sabe eu a encontre lá e peça o meu resgate, pois ela levou meu coração em formato de caixão (“
-lhe” H.I.M. “the funeral of hearts”) e agora o meu peito é só uma caixa vazia gritando seu nome. Volto à realidade após escutar um barulho, talvez algo criado pela minha própria cabeça. Aquela Sensação estranha. Olho para trás. Medo. Arrepio.
Noite fria, dolorosa;
Senti muito a chorar, vil declínio.
Talvez a morte esteja por perto no puxar do gatilho de um ladrão. Medo de dar o próximo passo, de virar essa maldita esquina. Novamente olho para trás, ninguém!
Talvez sejam apenas fantasmas a me atormentar. Pensamentos estranhos tomam conta de mim. Minha pútrida alma, perdida.
Continuo. A escuridão me aproxima das trevas, esse maldito frio que congela meu coração.Mais um dia. Ou seria menos um dia? Eu não sei se devo ser tão pessimista.
Coloco a mão no bolso. Minhas chaves. Chave de casa. Chaves do trabalho. Chaves do caixa. Malditas, nenhuma abre o cadeado do seu coração. Vou te contar um segredo, talvez já saiba, gostaria de gritar isso agora mesmo para ecoar por toda essa sombria rua, mas esse segredo ficara guardado. Amo-te até não poder mais. Quero-te até não saber mais o motivo. Desejo-te a todo instante, e só isso é o necessário para sofrer. Sofro, porém aprendo. Aprendo, porém me aventuro e vivo momentos únicos ao seu lado.

Já tive minha dose de insanidade, medo e devaneios. (só não tive hoje uma dose grande daquele veneno). Melhor voltar para casa, meu leito. Perco meu tempo, arrisco-me, descubro meu pranto. Andando tão desatento, e assim flutuando em desalento. Solidão, medo, embriagues, desânimo. Desfalecia constante, a essa perene felicidade discutível.
Indiscutível. Incontrolável. Inexplicável.
Amor ou torpor? Sigo minhas percepções, desejos, obrigações, porque tudo isso?
Tudo negro. Trevas! Tudo o que resta é apenas um lúgubre devaneio.

Inveja ...


Alguns instantes,
Eu gostaria mesmo de ser você,
Só para sentir a intensidade
Desse meu amor insano,
Afoito,
Com que me extasio,
Me perco,
Me enlouqueço!
Se eu fosse você,
Eu seria muito...
Mas muito mais feliz
Pois seria muito amado,
Perdidamente amado,
Amado até morrer.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um viajante estático e uma garrafa de vinho barato ...

Antes de postar o texto, na verdade uma pequena e mal feita descrição do dia de ontem. Gostaria de desculpar-me, com todos os meus poucos leitores, almas que lêem esse Blog, até aquelas que entram apenas para que eu silencie e pare de pedir. Vocês que outrora encontrar aqui texto com uma temática mais jubilosa, até mesmo erótica, perdoe-me pelos últimos textos "tristes".
Meus textos refletem um pouco minha vida, e como diz Gabriel García, não gosto de sentir nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas. Porque tenho uma mente fértil . Detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que “Nada é para sempre".

Então. Um viajante estático e uma garrafa de vinho barato:
Noite melancólica. Eu tiro a mascara da amargura e me entrego aos velhos devaneios.
Ligo a TV. Ligo-a em um volume bem insignificante, quase no mudo, semelhante comigo mesmo: um quase-homem, quase-poeta, quase-alguma-coisa.
Pensamentos. Perguntas. Por quê? Sou apenas alguém. Ou até mesmo um ninguém.
Naquele momento o único motivo que me guiava minha vida era estar com ela. Não digo um estar físico, mas uma junção de almas (se é que elas existem, poeticamente, sim). Mas ninguém esta aqui comigo agora, apenas o vento frio que gela meu corpo e a televisão que comentava algo que estou pouco me lixando; só queria estar aqui na companhia de alguém, que fosse a TV então...
Olhei pra baixo, avisto uma garrafa de vinho que enfeitava a cômoda, ali mesmo próximo a TV. Levantei-me. Peguei a garrafa. Ali mesmo se encontrava duas taças, comprei por um motivo especial, para ocasiões especiais e essa era uma. Uma das taças foi tocada unicamente pelos lábios dela. Ques lábios, que me deliram com suas milhares de manias.
Coloco uma pequena dose em cada taça, e a taça especial coloquei em cima de uma cadeira vazia, ao lado da cama que está coberta de papeis amassados (são tentativas frustradas, não devem ser levadas adiante). Bebi a taça de vinho de uma só vez. Fiquei ali, parado a olhar pra cadeira vazia, olhando aquece vinho barato que comprei recentemente mesmo, havia prometido não tomá-lo agora. Precisei!
Aqui estou,  o vinho e a solidão. Ambos estão a me devorar vorazmente. Que venha a madrugada. Quem sabe ela passará logo e minha alma fique bem para o amanhecer.
Não vai demorar muito para que o sono venha. Talvez durma aqui mesmo e acorde com uma baita dor nas costas. Dizem que xingar é bom, alivia a dor, é verdade, mas nesse momento não consigo . O efeito do álcool não me deixa. Só consigo pensar em beber a próxima dose. Na verdade, preciso ir ao banheiro. Mas, estou desanimado demais para seguir pela minha casa escura ate o banheiro. Vou cessar o ritmo dos goles... Não deu para segurar. Levanto-me e vou ao banheiro, não sem antes tropeçar no sofá de dois lugares. Terminei. Antes de voltar irei ali fora, preciso ver a lua. Lua! Responda-me porque você traz á tona todos os meus medos e anseios. Diga-me porque às vezes você anda junto com a tristeza? Porque você é tão encantadora? Porque você adora torturar meu coração? Queria te perguntar tantas coisas.
Volto para o quarto e encho novamente a taça, mas desta vez não vou beber logo. Sabe? Fico a examinar a taça, como num devaneio delirante. Rodando o vinho, queria senti-lo melhor, entendê-lo. Olho pra cadeira vazia e pra taça de vinho em cima dela. Nesse instante que realmente percebi, mesmo que ébrio. A única coisa que me mantinha vivo era aquela doce figura que não me saía da cabeça, convidando-me todas as noites, em meus sonhos, a permanecer com ela. Vou dormir, enfim, e levo comigo aquela garrafa de vinho barato.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alguns caracteres ...


A temperatura no local estava muito alta. Meu corpo transpirava como uma panela no fogo. É, eu sei que esta comparação não é adequada para um texto romântico, mas foi isso que me veio à cabeça.
Uma praça. Um Show qualquer. Na verdade um dia qualquer sem o menor sentido.
Estava ali, fazendo minha obrigação como humano, sobrevivendo.
Mas, por uma acaso. Uma das
Moiras estava por ali, e resolveu mudar o meu destino.

Vi a imagem de
Atena em pessoa, bela.
O que realmente me tocou foi a sua notícia:
Ela vinha. Vinha em minha direção. Não importa a roupa, ou o cabelo, o que importava era esta vindo. Até encostar e dizer aquelas palavras “Tenho você no Orkut”. Ela esteve defronte de meus olhos durante alguns minutos, tempo suficiente para fazer brotar um sorriso desta minha alma em decadência.
Um simples olhar e percebo de forma diferente aquela alma que acabo de conhecer. Expressamos e notamos gostos em comum.
Se da próxima vez que encontra - lá ficar em silêncio.
Em silêncio te admirando e em silêncio partir.
É para que minha voz áspera não quebrasse a harmonia do instante. Para contemplar cada detalhe dela.


Lindo sorriso: os brancos dentes, quase a tocar suavemente o lábio inferior.
Olhar cativante. Os cabelos enfeitando-lhe a fronte.
Sabe que tem o que qualquer um busca, a serenidade de menina bela.
E eu ali, a fitá-la. Ato impensado, porém ato altamente júbilo.
Então, seria ela a inspiração que procurava?
-Não sei!
Mas quero que saibas, menina. Você facilmente me cativas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eclipse Lunar ...

O dia sentenciou o Rei-Sol: já basta!
Abra passagem para o espectro alentador dos olhos cegos.
Sim, a Lua. Ela está lá no céu.
Não sei, ela não me parece cheia, talvez aquele seja seu encanto supremo.
Merece uma foto. Corro. Celular. Foto Tirada.
Talvez eu seja um péssimo fotografo. Talvez dois megapixels não ajudem. Foda-se!
O que importa é que meu intelecto capture o mais suave prateado... dourado ... avermelhado ...
Que lindo Eclipse embevecendo os céus da eternidade.
Lua dos amantes.Entretanto eu estou só, mas em minha mente passam varias pessoas importantes. Isso em questões de minutos. Queria compartilhar isso com alguém, em especial com o alguém.
Lua, atraia-me para ti. Onde eu possa me sentir alguém e viajar em meus devaneios terrenos.
Sou lunático e fanático por ti querida. Que brilho lindo que tu exalas.
És tua beleza doce que me consome em poesia

Não sou acostumado a virar completamente a noite dias de semana. Mas, hoje é um momento especial. Irei observá-la até meus olhos se cegarem. Partirei para meu leito apenas quando partires.
Vou-me afogar na sua divina beleza. Contemplarei cada momento da sua supremacia.
Estrelas, mortais, astros, curvem-se diante a sua Deusa.
Oh deusa, irei te contar todos meus devaneios. Talvez me entenda. Talvez até mesmo me aconselhe. Hoje cantarei para ti. Entoarei o bramir de minha loucura, já que meu coração sofre em amargura.

Um momento Bom. Notável e insubstituível.
É uma pena que na correria do dia-a-dia esquecemos-nos das coisas simples, pequenos gestos; gratidão; amizade; amor; de expressar tudo que sentimos; quem está ali ao nosso lado; de dar um abraço; de sorrir.
Nunca se esqueça: Preserve o verde, ouça musicas , faça amor, leia livros, embriague-se, assista filmes, vá ao teatro, dêem valor.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Anjo ...

A noite está com um toque especial.
Não sei, sinto algo estranho. A lua está com um brilho mórbido essa noite.Oh lua, porque me olhastes assim?
Um vulto. Começo a tremer. Suar. Porque sinto cheiro de morte?
Sinto uma presença, que silenciosamente me acompanha.
Os pêlos do meu corpo se arrepiam.
Uma imagem. Um Anjo!
Am? Um Anjo? Oh Anjo!
Tenho um anjo ao meu lado. Seu pensamento me envolve, como a noite!
Sinto que minha morte se aproxima.
Não, não tenho medo. Anjo, venha!  Quero ter você aqui.
Se eu morresse hoje, que seja ao teu lado meu ultimo suspiro.
Tenho um Anjo projetada na minha frente. Sedutora como a noite, suave como uma brisa, tão bela quanto os versos de um poeta.
Pecado é meu desejo. Não tenha misericórdia, sei que não a saída, venda-me os olhos e faça de mim um pobre escravo.
Oh Anjo, que vestes!!! Quero tocar-te, ter-te, possuir-te!!!
Seria Real? Posso te tocar! Vou me perder no carmim de teus lábios. Lábios que se misturam ao vinho.

Não! Não, Anjo. Não tires estas vestes que tanto me fascina.
Nossos corpos se perderão nessa volúpia e o teu enlevo faça a lua chorar sobre teu seio.
Ofego e sinto sede por teu calor, ponho-me a delirar. Possuo-te. Deixo que seus escuros cabelos sejam meu céu, teus castanhos olhos sejam meu ócio e que teus seios sejam meu eterno tumulo.
Oh, doce és os gemidos vindo de seus sagrados lábios.
Olhe e me veja morrer. Fatal paraíso.
Me veja morrer implorando por você. Oh Anjo, me imortalize no mais puro sentimento.

Não! Não me envenene agora.
Deixe-me tê-la mais um pouco. Encha até que transborde a taça.
Anjo, de cabelo escuro, olhos castanhos e pele pálida, as águas mais claras de um rio não poderia chegar a tua grandeza.
O vinho vestir o ambiente com seu luxo miraculoso.
O sol avisa a chegada do amanhecer,  meu fim está próximo.
Tempo? Alongue-se! Encha a alma para além do que conter lhe é dado.

Estou completamente só.
Agarro-me a garrafa desesperadamente em buscas de mais algumas gotas de vinho, que adoçarão a minha boca.
O veneno circula o meu corpo, mal consigo respirar.
Debilitado agarro-me a um pedaço de suas assas que arranquei insanamente enquanto gritavas meu nome.
O veneno gota a gota delicia-se em meu sangue e agora só posso ser sóbrio à tua sombra com as gotas da paixão correndo por minhas artérias. Sua respiração, meu oxigênio. Meu coração não bate, ele canta! Canta, loucamente, canta poder fazer tudo por você; poder ser algo pra você; poder estar em você.
Já posso ver a morte. Ali, parada na sala ao lado, aguardando o ultimo pulsar do meu corpo.
Meu leito moribundo. Gelado túmulo sem flores


Do outro lado, sentado em uma quanto qualquer ainda debilitado.
Vagando em minha mente, me pergunto: Ela realmente é um anjo?
Talvez fosse, mas descobriu o pecado. Suas asas foram trocadas por garras, saliva e poros que transpiram pele molhada. Sim,ela ainda conserva a brancura da pele e olhos que faíscam quando querem.
Como pode sair palavras doces ou devassas dos teus lábios.
Um único toque que levou-me a arrancar minha alma.
Entreguei a ti minha alma cheia de enlevos. Se louco e febril estive, é por tua divina beleza.

Salve-me desse purgatório.
Deixe-me caminha com você.

Abristes mãos das assas, não abristes mãos de mim.

domingo, 12 de junho de 2011

Hoje ...


Aqui as nuances de um sonhador solitário, os devaneios de um “poeta”, as lástimas mal traduzidas por um cara que sangra... apenas sangra.
Não quero escrever mais nada além do que está dentro de mim neste instante. Talvez superficialmente para muitos.
Hoje eu quero ter o pensamento livre. Quero poder dizer a mim aquilo que em outra ocasião eu deixaria de lado. Só hoje quero fazer aqueles planos heteróclitos e não voltar a terra, jamais. Ao menos hoje.
Hoje todos os ensejos será eu, mas ao mesmo tempo coisa alguma, vitima da liberdade que me mantém prisioneiro. Nascendo da arte de contemplar o inexistente e não saber o que fazer.

Minha ilusão dessa vez faz menção ao tormento de se deparar com o nada. O nada das palavras, o nada da interpretação, o nada da falta da casualidade de criar oportunidades. O nada que ofusca meus olhos e acaba com  toda possibilidade. " O vazio é um meio de transporte. Pra quem tem coração cheio " - Cheio de palavras não pronunciadas, devaneios  não concluído, cheio de vazio.


Dia dos namorados. Estava pensando a respeito. Sete invernos passados que atravessei acompanhado, hoje aqui sozinho. Mesmo sozinho não tem como deixar esse dia passar despercebido, passei o mês de junho dando dicas e sugestões de presentes, até mesmo “convidado” para arrumar o quarto para volúpia de terceiros.
Porque não conseguem entender que isso tem que parti de dentro? Não se pode compensar a falta de sentimentos com belos presentes. E sim, usar os sentimentos para um presente original ao nível do que você sente.
Sempre fui exagerado, sempre acabei dando algo a mais do que a pessoa merece. No fim, ganhei um belo presente, solidão. Oh bela solidão, velha amiga que voltou a me fazer companhia. Mas, hoje quero abraçá-la!

Poderia até mesmo passar esse dia com alguém, seria fácil achar uma companheira ou uma própria namorada, mas acho mais digno passar sozinho.
Porque não um dia para mim?
Quero um dia apenas meu. Quero me dar exclusividade.
Até comprei um bom vinho. E hoje o vinho não me trará anseios, lágrimas, lembranças, alguém... talvez a dor. Mas busco nele total embriagues.
Hoje o dia é meu! Tenho 364 dias para dedicar aos meus anseios. Hoje quero invadir meus pensamentos, possuir-me, me dar valor, sentir que tenho valor, pelo menos para mim.
Eu preciso de um refúgio, talvez meu quarto escuro?
- Maldito quarto que me traz milhares de lembranças, belas lembranças.
Lembranças? Alguém? Momentos? Não hoje!!!
Preciso de um refúgio para que eu possa lembrar que eu existo.


Sou uma alma disposta a estar com alguém, não por medo de estar sozinho, mas por acreditar que posso ser mais do que sou, por acredita ainda em uma vida no plural.
Porra, só eu que ainda acredita em: amor correspondido, monogamia, felicidade?
Deveria fugir do nosso modelo ocidental de felicidade?
-Não sei! Hoje tudo que estou disposto é minha companhia, entrar dentro desta garrafa, embriagar-me, conhecer-me melhor; qual é o meu limite? Tenho limites? Do que tenho medo?


Acostumado a esta com alguém, uma mulher. Mas o que quero em uma mulher?
Eu quero uma mulher para me repartir com ela. Cansei de me bastar. Quero uma mulher que saia comigo para o cinema, para um bar ou sem direção. Quero uma mulher que saiba ler, beber e me amar. Quero uma mulher que me surpreenda com um gosto musical excêntrico, uma lingerie ou um simples SMS inesperado em uma tarde vazia ou em uma madrugada fria. Quero uma mulher que saia comigo pra voltar na hora que der certo ou pra não voltar nunca. Uma que não se irrite com a minha pseudobarba por fazer, com minhas não-crenças, com minhas insanidades. Quero uma mulher que olhe para mim e não diga o que quer ver, mas o que está vendo. Quero uma mulher para dividir  silêncios, gargalhadas, meus poemas fúteis, meus pseudônimos. Quero uma mulher que me traduza, pois eu tratarei de traduzi-la. Quero uma mulher que nos meus ouvidos balbucie o indizível e que assim como eu seja uma usuária de emoção. Não quero a mulher perfeita, certinha, religiosamente pontual, religiosamente religiosa; quero uma mulher que não se importe tanto com o certo e o errado, pois todo o resto é o que realmente importa; quero uma mulher para ser e para fazê-la feliz; quero a mulher que talvez nunca vou encontrar...


Mas se você estiver ai, percorrendo o olhar por essas linhas, se você me compreende, se mexo de alguma forma com você, se está me esperando em algum lugar que eu nunca pisei ou se você está comigo "mantendo aparências", junto comigo não sendo sincera, ou até mesmo tentando me fazer expulsar o que está dentro de mim... Venha!
Não hoje, amanhã. Mas venha.
Não tenha pressa, mas não se atrase.

A luz do sol já começa a invadir meu quarto escuro avisando o fim da noite. As noites são tão curtas, e é justamente nelas que me sinto mais humano, sensível e capaz. A garrafa já vazia, e com meus pensamentos insanos, perturbados e dramáticos, vou terminado por aqui mais um pôster desse blog, com um gosto agridoce na boca, uma vontade de gritar, mesmo isso não sendo novidade, pois à vontade e a necessidade de deixar transbordar toda essa emoções é insana e intensa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

E quando o desejo não se satisfaz?


(Uma garrafa de qualquer vinho barato cairia bem agora, mas irei escrever este completamente sóbrio)


Ela me satisfaz. Toda aquela embriaguez agora faz sentido,
Gruda tua carne na minha, beija-me e entorpeça-me.
 Perco-me em devaneios, agonizo as vontades.

Outrora poderia dizer que a satisfação é a morte do desejo.
Nada mais prazeroso do que desejar. Quanto mais perto, maior e mais insano é o desejo, até controlar todo seu corpo... Alma!
Por fim, esse desejo está diante dos seus olhos, ao alcance da sua mão. O veneno é injetado diretamente direto na circulação sanguínea, te conduzindo a outra dimensão.
Posteriormente, a morte. O desejo morre, mas deixa com você uma paz interior. A satisfação!


Mais o que fazer quando se atinge a satisfação, mais essa satisfação só gera mais desejo. Desejos e loucuras, uma vontade imensa de dizer o que realmente se quer, mas a inércia te controla.
Como se o corpo criasse um anticorpo para todo aquele desejo.
O desejo nasce, ando sobre o fogo em direção aquele cálice de veneno que matará totalmente meu desejo. Mas, o veneno não mata.
O mesmo junto ao meu corpo criou certa “droga”.
Meu corpo necessita mais desse veneno, não a mesma dose, doses cada vez maiores, doses insanas.
Desejo esse veneno de todas as formas possíveis, porque adoro saber que é você que está me matando.
Como todo o mal esse desejo é quente e eu quero muito me queimar nesse fogo.
Esse veneno me condena e como eu quero essa sentença.
Um olhar poderia matar. Minha dor, sua vibração!
Eu quero a dose completa do seu veneno, use o veneno mais mordaz que tem!


Quero destilar todo esse veneno do seu corpo para tomá-lo de uma só vez.
Será fatal?
Ou eternizará todo esse desejo?




. . Se a carne for mais forte que o sentimento eu te deixo ir.
Mas, se meu abraço lhe aqueceu, por favor, deixe-me cuidar de ti...

domingo, 5 de junho de 2011

Anseio ...


Às vezes quando transformamos a beleza de uma musa em inspiração, não quer dizer necessariamente que temos que agarrar uma caneta e um pedaço de folha. Pode se substituir a caneta por um lápis e transformar palavras em imagens.
Não sei se certas mulheres transmitem algo tão intenso, levando a pobres mortais passarem horas diante de uma folha em branco ou talvez o veneno que essas musas injetaram em nossas veias sejam tão forte, nos levando a um delírio onde um simples sorriso seja visto com uma visão edênica ocasionando o resto do corpo a um transe.
Como uma sereia, o canto dela causou um encanto, levando minha atormentada alma a pegar um lápis e sentar diante de uma folha. Talvez não tenha conseguido atingir a perfeição desejada diante do encanto que me levou a desenhar. Enfim, o resultado está ai na imagem a cima.


Estou aqui escrevendo a respeito do desenho, mas todo meu pensamento só consegue focar em uma única coisa: desejo! Talvez as garrafas de vinho ajudaram a agravar esse desejo, mas agora tudo que desejo é me embriagar dela. Anseio por uma  dose de você, de seu veneno.
Adoro o desejo, mais antes do desejo tem a vontade, algo que realmente não sei lidar. É certo que a vontade aumenta o desejo, mais teria como esse desejo aumentar mais ainda?
Posso-me embriagar agora mesmo apenas com o teu perfume que meu olfato tenta produzir.
Já sentiram o cheiro de uma mulher suada que de tão sexy quisessem engarrafar e ter ele sempre que desejar?
Tudo que tenho no momento não passa de recordações. Mas recordações são boas, são o
único paraíso do qual não podemos ser expulsos.
Oh, Malditas recordações que fazem aumentar mais ainda o meu desejo! Recordações da
tua pele branca, dos teus lábios e seios rosados.Ó seios nus... Eis-me o alento! Desespero-me, pois o meu corpo teso e tenso precisa do conforto do teu corpo, precisa relaxar com o perfume doce e bom da tua pele. Vem-me o anseio, a beijar-te os seios ardentes.
Ó volúpia que me amas o sentimento... De encher os corações em forte vinho!
Mulher, que és tão bela - "Vênus formosa”
Venhas até a mim.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Realidade ...

Contos de fada são a pior porcaria que já inventaram. Logo quando crianças nos enchem com histórias de cavaleiros bonitões e donzelas puritanas, num mundo onde sempre o bom e honesto é quem se dá bem. É como se toda a literatura infantil tivesse sido escrita na época do romantismo.

O problema é que esse tipo de conto não prepara a criança para o choque que o mundo é de verdade. A verdade é que ser bonzinho é proporcionalmente inverso à conseguir aquilo que você deseja.
 
Num mundo onde o mais forte devora o mais fraco, e pessoas pisam nos sentimentos alheios como pisariam em folhas secas, dizer que bondade é mais vantajoso que ambição, que bondade é superior a malícia, que bondade te dá mais oportunidades que a competição, é ser hipócrita ou burro, você escolhe.

As mulheres preferem os cafajestes, não os caras que são "bonzinhos". Os seres mais ricos desse planeta são também os mais desprezíveis. As pessoas se esquecem de todos que lhe deram bom-dia, mas elas vão se lembrar de quem as mandou tomar no cu.

As normas existem para a obediência dos tolos e a orientação dos sábios. (David Ogilvy)
Se eu tivesse cumprido todas as regras, eu nunca teria chegado em qualquer lugar. (Marilyn Monroe) 

A vida não é boa com quem é bom. Nem com quem está sempre respeitoso. Seja mais que audacioso, não limite seus desejos. Mostre que você briga pelo que é seu e controle sua vida, ou alguém a controlará.
 
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