Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

domingo, 29 de julho de 2012



"Ah, como amava aquela moça...
Era a pessoa mais feliz quando me encontrava em teus braços. Infelizmente, agora não mais.
Sentir teu perfume, tua pele ao passar na minha, me dói na alma lembrar. Tive uma espécie de alergia à mulher que amava.
Ah, como amava aquela moça...
Procurei em outras moças teu sorriso e tua dedicação às causas mais nobres. Procurei teu abraço em outros pares e teu amor em outros portos. Em vão.
Hoje, tanto tempo depois, vivo sozinho e sem intenção de amar.
Ah, não te amo tanto mais, moça..."
[Beatriz Marques]


A poesia que mora em seu corpo...

Anoiteci com os sonhos mais despertados do que nunca.
Oh, moça, fizestes de mim palavras; permites-me, te versar? Riscar-te a pele com meu desejo, minha febre. Faço-te musa, e você, me faz poeta. Eu quero. Desejo, a poesia que mora no seu corpo. Essa sua palavra doce que só você escreve. D(escreve). Diz. Rabisca. Moça, faça-me papel, rabisque-me. Amasse-me.
Adoro o desejo com vestes de poesia, feito nos lábios quentes, com sabor de vinho (maldito vinho que aos meus lábios afaga) e aroma... aquela doce fragrância de sua pele, pós banho. O (en)cantar da sua voz que ressoa em meu peito, harpas embriagadas de enleio.
Verte meu desejo que me arde o peito, ‘hey’ de morrer por ti sedento em devaneio, a cada palavra dita que fazem despir-se de si mesma. A cada palavra era como se tira uma peça de roupa, até ficastes nua para mim, mas você ficou nua de sua alma. Na poesia desse seu corpo, dedilharei arquejando.   
  Este âmbito, corpo, a excelência da noite acontece nas suas curvas Aos raios fulgentes do astro cintilante que afagam-me com candura semelhante .
 
Essa ânsia que furta meus pensamentos nessa noite fria. A cama, essa procedência da minha imaginação.
Cama. Conzinha. Mesa de jantar.   Lençóis brancos estendidos, que sejam vermelhos, e nós, atados feitos nó(s), protagonistas do cenário que há de ser idealizado, com a lua de personagem secundário há espiar pelo buraco da fechadura e chamar o astro rei.
  Em cada toque uma nova poesia Em cada beijo eu desfalecia enamorando.
  Se possível me fosse, levaria ti ao invisível. Onde GPS não alcançam, sem coordenadas. Apenas nos dois, sem intervenções, para que o precípuo para ambos é a felicidade que podemos proporcionar ao outro.
 
Cometi falha, outrora quando mais novo não exerci meus olhos para à pureza.
  Tímida diante de meus olhos que roubam sua nudez, antes mesmo já havia despida em pensamentos. Como um livro, vou lendo-a nas entrelinhas imaginarias, poesia invisível no seu corpo que só pode ler quem a entende, e eu pseudo-escritor, permito me ouvi-la.
Apri(more) minha alma. Escreva em meu corpo rabiscado. Finda na minha carne, sua poesia. Moça, oh moça, faça amor no meu coração e goze na minha razão. Enquanto o sangue correr na minha carne, irei de ferver no calor dos teus seios. Essa loucura. Pura. Entre o meu corpo e o teu. Essa mania de querermos nos transformar em uma forma única.


Esses seus lábios rubros chegam até ser insensato de tão perspicazes e perfeitos que são. Com altezas, nessa arquitetada beleza, esses meus olhos sentem dificuldade em  lembrar-se de bons modos. 
Moça, deveria arrancar esses meus olhos, porque agora que a vi, não sei possível es, não deseja-la.
Nua, deitava na cama com o cabelo a esparramar, eu vou vestindo-a com beijos, com os meus lábios decalco toda sua nudez. Minha respiração há de soprar em sua pele. Enrola-me em teu corpo e nossos copos rolam na cama. No chão.
Oh, os travesseiros, atrevidos que são, ousam a participar, ficando todos desorientados, esparramam pelo colchão.
Na sua boca, a minha desordem; esse vasto querer. Minhas mãos cumprimentam seus seios enriquecidos com ilustre beleza e divina sensualidade. Embriaguei-me de ti, êxtase.
Respiramos, deixamos que os suspiros saiam pela boca com uma sintonia de timbres, gemidos. Face a face, olhar. Fixo. Seu olhar, quase obrigand0-me a beijá-la. Almejo beijar-te cada parte, não com a boca. Alma. Olhos.
Quando os teus lábios eu vim beijar, beijar-te-ei todo seu rosto, percorrer, deslizar, por todo seu semblante. Suas ancas enciúmam-se das minhas mãos que se dedicam ao seu pescoço. Quero perder-me, como um nômade, pelas ‘avenidas’ do seu corpo, e jamais encontrar o caminho de casa.
Cada beijo é um recomeço. Sua nudez, uma obra de arte abstrata. Para compreender, preciso é, senti-la, entende-la.
Cada beijo deve ser uma poesia recitada em versos.

“Escrevo-te, te dedico, te publico, te jogo em linhas, te desdobro em letras porque você me faz rir."

Moça, não sabia como terminar o poema, até que você deixou cair à alça do vestido e perdi o ar... Respiro aliviado: minha inspiração veio!


sábado, 28 de julho de 2012

Profundo a(mar) ...


Ô doce menina que se esconde do outro lado da pauta, o que queres dizer essas suas enlouquentes palavras?! Carrega com si mistério nesse seu olhar, este semblante que a mim me fascina, es responsáveis pelas minhas noites mal dormidas.
Como um navegador, que enfrenta o alto mar atrás de peixes. Irei mergulhar até chegar atrás do teu olhar e quem sabe me afogar nesse (a)mar.

Maldição, não seis nadar.

domingo, 22 de julho de 2012

Quantas poesias cabem numa única janela?


Antigo, velho e abandonado. Assim estava O estado daquele prédio.
Mesmo assim, em funcionamento.
Um dia, uma moça, procurou hospedagem, naquele prédio.
Depois de algum tempo ela começou a arrumar a sua janelinha, trocou a luz, colocou um vasinho de flores, ousou até pintar a sacada com tema de ‘zebrinha’ na parede.
Foi arrumando. Arrumando.
Um dia, o proprietário, passando em frente, percebeu um contraste entre aquela janela, com as demais. Consequentemente, ele começou arrumando o prédio todo, canto por canto. Até se preocupou com os talheres, onde tinham que combinar da mesma cor.
Um banco, a porta do prédio foi posto. O mesmo banco onde senhores começavam a sentar lá, para falar do dia a dia. E aqueça moça, sempre os cumprimentavam.
Acordava cedo, e estava ali a cantar no prédio. Chegava à noite, trazendo paz. Nas madrugas, ela andava entre os corredores, escrevendo palavras em todos os quando do prédio.
O proprietário, encantado, ficava ali, a observar. Imaginando um dia, onde a moça compraria o prédio, ou talvez, eles virem a fazer uma sociedade.
Mas, em uma manhã, a moça não tinha mais condições de pagar pela hospedagem.
Ela só possuía notas em dólar, o proprietário já não sabia mais o que fazer com todas aquelas notas, como usa-las. O banco, no outro lado dá rua, já não mais mantinha a Taxa de Câmbio. A moça optou não procurar outras formas de pagar, ou trocar suas notas.
O proprietário teve que entender, só não sábio o que fazer com aquelas notas, em dólar. O que fazer, com toda aquela riqueza, que ainda possui em mãos.



E me faz pensar que um dia ela possa vim comprar o prédio todo.

Escreviver...


Entre todas as letras e coxas, você me ganhou. Fiz-me palavras, você se fez linhas. Poesia. Você trouxe a inspiração, e eu te fiz poesia. Prendeu-me, no seu amor. Sufocou-me nas dúvidas. Fez-me doar, te fiz se dar. E fiz doer. Inspiração, rabisco nessa folha em branco. (Ins)piração na cama. Distância, ânsia. Saudade. Adeus. Sim ou Fim? (re)encontro.Me deixe livre, mas não me deixe. Desejo. (molhados). Uma hora, uma lagrima escorria, já em outra, suor. Amor. Verdadeiro. (recíproco?). Singular. Tanto querer. Não ter. Para sempre. Ir embora, pra nunca mais voltar. A todo instante, ausência. Presença. Minha boca. Sua boca. Seu corpo. Querer ficar. Sumir. Engolindo-te, me agredindo. Mente; corpo. Vontade de repente. Esperança (sonhar); espera (acreditar). Tempo. Lábios; quadris. Encaixes. Sintonia. Suas manias.
Intenso. E tenso. Desejar, buscar. Ter, por perto. Dentro. Quarto. Escada. Sala. Chuveiro. Cama, cama, cama.  Nós dois e um lençol. Um travesseiro. O sol, e você despertando. Cabelos embolados. A lua, e nos tornado nó
(s).  Dia e noite. Lembranças. Entre pensamentos. Dentro. Coração. Vontades. Eu e você, saudades.


Ela, aquela MPB, ele rock in roll.
Ela Clarice Lispector, ele Lord Byron.
Ela calmaria, ele boêmia.
Ela equilíbrio, ele intensidade.
Ela fez-se de palavras e trouxe inspiração, ele ousou a ser poeta (mas falhou).



Podem te dar o mundo, mas só eu te transformei em poesia.