Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O romantismo...

...o caminho do mistério aponta para dentro...
a rosa secou deixando apenas sua essência no ar
tudo que agora resta é o pensamento de como o mundo é injusto e como as coisas poderiam ser perfeitas.
Ser romântico não significa dar flores
mas sim saber que um dia elas já não terão cor ou brilho, mas que sua essência e seu significado permanecerão para sempre.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Manhã Seguinte ...

Muitas pessoas te vêem
Mas ninguém te vê como eu


Porque na sombra de sua luz
Muito longe lá atrás eu me sento e espero

Eu preciso de você
Preciso de sua luz
Porque das sombras eu não consigo escapar

Você não me vê
Você não me conhece
Mas mesmo assim eu a amo
à distância

Eu idolatro você
Adoro você
Eu espero você
A desejo

Cumprimento você
Experimento você
Te acompanho
Arise
Não posso viver sem você

Essa é a manhã seguinte
E minha alma ausente jaz esperando

Essa é a manhã seguinte
Um novo dia está começando
E meu tempo está se escoando

Essa é a manhã seguinte
E minha alma ausente jaz esperando

Tudo isso eu escrevo para você
E mais coisas que gostaria de trazer para o papel
Se eu pudesse em palavras todo o sofrimento
Meu amor a você descreveria
Não se queixar sobre a mensagem
Deve suportar estas linhas
Somente
Eu te amo
Mas dizer

Esta noite você vai entender
Rezo para que você as leia todo
Ao amanhecer, eu espero que você
Estou esperando a sua luz brilhando
Eu sonho que você me verá em breve
Amanhã você vai ajoelhar-se na sombra
E arrastando-me para ver você na luz
Essa é a manhã seguinte
E minha alma ausente jaz esperando






terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um reflexo torto da minha alma em um espelho sujo ...


Sangue.Vermelho e viscoso sangue. Correndo pelas veias...  
além do vinho que me mantém humano.
Acordo,  vejo que tenho algo para fazer nessa manhã morta.
Mas, o que pensavam Álvares e Byron quando vislumbravam os 20 anos de idade?  Perguntando-me se é normal pensar tanto, sentir tanto, viver tanto e amar pouco.
... talvez seja essa uma metáfora muito boa. E daí?
Outro pensamento tortuoso me vem à mente, não param de surgir.
Os caminhos diferentes, as palavras singulares proferidas por alguém que há muito me perturbam o meu leito, meu sono e meu despertar.
Fazendo-me sentir pequeno em relação à grandeza de sua pessoa.  
Maldição. Não consigo me libertar dessa visão ultra-romântica que me acompanha. Suga-me. Será que o principal objetivo da minha vida foi encontrá-la?
Se a resposta para a mesmo for “não”, então o que explica o fato de ficar extremamente estupefato com sua imagem, com sua voz única?
É, me causa um contentamento incontido vê-la, mas  ao mesmo tempo é tão ruim a sensação de não estar próximo o suficiente.
É tão ruim dizer que está tudo bem... "Tudo bem? Como é que tá lá?" "porra, tá massa!" eu respondo...

Porra nenhuma! Falta você...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Come with me ...


Eu olho para esse papel de parede mórbido na tela do meu computador, sinto a música ,que agora sussurra palavras pela quarta vez em meus ouvidos... Ingredientes perfeitos para ser mais uma madrugada solitária, triste e reflexiva. Pego o papel, começo riscar algumas palavras.

Porra, hoje me deparei com um maldito pensamento tão pessimista que fico até espantado a maneira como consigo usar minha máscara feliz o resto do dia. Não sei o que há comigo. Talvez seja apenas um pouco de carência, um dia na qual não deveria ter colocado os meus pés para fora da cama. Ou não.
Não tem como entender, apenas sinto, apenas sei. Aqui, sentado no meu tumulo, lapidando o meu desejo, imaginando um sorriso que agora me parece tão distante... Talvez, possa ser realmente difícil e trabalhoso de se ver novamente. Talvez por ser tão incrivelmente impossível de acreditar que alguém possa sorrir daquela maneira.

Minha mente é péssima para arquivar imagens que até me espanto quando vejo as coisas tão reais, tão vividas em minha mente. Semelhante como uma música melancólica e solitária de uma banda underground cantando de uma maneira... feliz.
Deixo um pouco esse papel de lado que parece chorar ao ser ferido com essas palavras que escrevo.  Direciono pra mim, o único que penso que me entender.Ou tenta endenter. Ou parece tentar. Que confuso.

Mostro-me a melodia que se passa, talvez pela décima vez em minha cabeça. Não basta apenas escutar, tem que senti-lá.  Ele o faz com destreza. Mas com tal destreza que muda alguns acordes tocados em minha mente e uma freqüência estranha em mim, toma conta do meu quarto escuro.
De inesperado, me vem àquela sensação antiga, júbilo, encontrada em um sorriso, me invade. Algo que realmente importe.
Ainda consigo me orgulhar de muitos padrões que não se perderam. Daquilo que acredito ser minha virtude, aquela essência que não foi deixada para trás, mesmo a vida me dando motivos. Sim, todo aquele sentimento do século XIX ainda faz parte de mim. 

Droga, não consigo ver aquele sorriso em minha mente com essa visão embaçada. Mas não tenho medo de perdê-la. Não sem tentar sentir seu sorriso ao menos mais uma vez.

domingo, 7 de agosto de 2011

♪ All the Horror movies are real in my mind ♫

Pulando para as últimas páginas ...


Um livro me mantém vivo. Um livro que eu o apelidei de morfina. Talvez não devesse ter lido, pro meu próprio bem.

Vem a vida nos ensinando para que a gente aprenda com os erros. Mentira! Rasgo os meus livros, e acabo por escrever as mesmas histórias. Não somos obrigados a viver o amor, mas amamos vivê-lo. Fingimos que não aprendemos.

Não podemos controlar o que sentimos, ninguém pode ou sortudo aqueles que conseguem. Simplesmente acontece. E quando acontece e não termina em um final feliz, a gente fica assim, desiludido.

Pensei que seria uma história que daria certo. Cai de cara no chão. E mesmo assim não aprendi. Penso que ainda faço parte dessa história. As cortinas fecham-se e eu ainda continuo no palco.

As últimas páginas desse livro deveria ser um lugar onde eu lesse ‘eu te amo’.

Um livro que não consigo rasgar. Um livro que ficou marcado, importante e sem preço.

Um livro cada vez num armário mais alto, cada vez mais inalcançável.
É. Tem sido surreal, às vezes angustiante e, ao mesmo tempo, magnifico, viver os meus dias.

Figurante ...


Hoje, sem a menor esperança de um dia tornar-me visível.
O menino solitário que quer ter o que não pode.
Dono de um amor sublime. Mas, culpado por querê-la.
Como quem a olha na vitrine. Mas, jamais poderá tê-la.
Um filme banal.
Entre o figurante e a atriz principal.
Meu papel é irrelevante.
Para contracenar.
No final.

[Legião Urbana]