Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Come with me ...


Eu olho para esse papel de parede mórbido na tela do meu computador, sinto a música ,que agora sussurra palavras pela quarta vez em meus ouvidos... Ingredientes perfeitos para ser mais uma madrugada solitária, triste e reflexiva. Pego o papel, começo riscar algumas palavras.

Porra, hoje me deparei com um maldito pensamento tão pessimista que fico até espantado a maneira como consigo usar minha máscara feliz o resto do dia. Não sei o que há comigo. Talvez seja apenas um pouco de carência, um dia na qual não deveria ter colocado os meus pés para fora da cama. Ou não.
Não tem como entender, apenas sinto, apenas sei. Aqui, sentado no meu tumulo, lapidando o meu desejo, imaginando um sorriso que agora me parece tão distante... Talvez, possa ser realmente difícil e trabalhoso de se ver novamente. Talvez por ser tão incrivelmente impossível de acreditar que alguém possa sorrir daquela maneira.

Minha mente é péssima para arquivar imagens que até me espanto quando vejo as coisas tão reais, tão vividas em minha mente. Semelhante como uma música melancólica e solitária de uma banda underground cantando de uma maneira... feliz.
Deixo um pouco esse papel de lado que parece chorar ao ser ferido com essas palavras que escrevo.  Direciono pra mim, o único que penso que me entender.Ou tenta endenter. Ou parece tentar. Que confuso.

Mostro-me a melodia que se passa, talvez pela décima vez em minha cabeça. Não basta apenas escutar, tem que senti-lá.  Ele o faz com destreza. Mas com tal destreza que muda alguns acordes tocados em minha mente e uma freqüência estranha em mim, toma conta do meu quarto escuro.
De inesperado, me vem àquela sensação antiga, júbilo, encontrada em um sorriso, me invade. Algo que realmente importe.
Ainda consigo me orgulhar de muitos padrões que não se perderam. Daquilo que acredito ser minha virtude, aquela essência que não foi deixada para trás, mesmo a vida me dando motivos. Sim, todo aquele sentimento do século XIX ainda faz parte de mim. 

Droga, não consigo ver aquele sorriso em minha mente com essa visão embaçada. Mas não tenho medo de perdê-la. Não sem tentar sentir seu sorriso ao menos mais uma vez.

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