Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

terça-feira, 10 de julho de 2012

E quando a felicidade faz sobrar (ins)piração?


Inspirar-se. Expirar-se.


Outrora, a inspiração era algo distante, longe. Até que, em uma madrugada qualquer, entre uma taça e outra, me expirei demais.
Seria algo demasiado simplório eu escolhe um tema qualquer, vir até aqui e cuspir um monte de palavras prováveis legais, provavelmente, sem estarem vindo do coração.
Mas, se me recordo bem, palavras são construídas com emoções. Se bem que o ser humano,
(ir)racional, destruiu até as palavras, transformando-as em mentiras.

Ódio, injustiça, medo, indignação, paixão, dor, felicidade, amor... Ah, o amor. Euforia.

Hoje fui questionado (e questionei-me) sobre a tal “inspiração”.
Temia que ela tivesse se perdido aos meus dias corridos, meus devaneios, decepções. Meus versos soltos, atos corridos, em uma busca
(desesperada) de soluções praticas, rápidas. Um alivio, quase que instantâneo, as sensações temporárias que incomodam.

Maldita gramática, concordâncias e tempos verbais, queria eu, com alento, dominar a língua dos homes (anjos) com total maestria, de certa maneira que eu pudesse expressar, ao menos para mim, o que venho sentindo nessas ultimas horas, dias, semanas.. Noites e madrugadas. Talvez, quem sabe, assim a ‘confusão’ diminuísse, a mente distraia, o coração abrisse, ficasse transparente.

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