Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Doce vazio ...


Elimine o seu sorriso ébrio da minha frente, tire-o que eu quero passar. Não é que eu queira o seu mal, a sua infelicidade. É por que eu quero encontrar-me com a melancolia hoje. Não quero que se machuque, não mais do que você precisa.
Pegue a taça, com vinho e sangue, Baudelaire em Braille.
Sempre desejei encontrar a face da aflição. Preciso acabar com essas malditas perfeições, depois tudo volta ao normal, amanhã talvez. Mas, nesta noite eu vou me revogar do mundo positivista, maldito mundo.
Não me venhas com esses seus lábios molhados de mentiras, pois nesta noite irei me embriagar de paixão. Aquela paixão fúnebre e pessimista; insana e violenta.
Paixão que não vai me levar a nada. Aquele saboroso nada que eu sempre procurei. Esse nada que ando a procura. O nada que eu vou desejar eternamente.


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