Sobre amores e garrafas vazias de vinho.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Esboços...


Provavelmente minhas palavras não farão muito sentido, mas é nessa desordem que minha mente se encontra. Vi-me rabiscando palavras e sentimentos, uma tentativa de passa-las para o ‘papel’.  Rascunhos, que julgo, encantadores. Mas, o medo de transformá-los em texto e não alcançar o sentido esperado. Palavras que vou tecendo, alinhando, tentando dar sentido e às vezes tendo a pretensão de chamar de poesia. Rabiscos e rascunhos de uma verdadeira poesia.


Tudo começou na madrugada de sábado para domingo. Uma noite de um sábado qualquer, fria, solitária; na verdade, és o vinho a companhia dos meus delírios; És Byron, Álvares, Poe as testemunhas dos meus enleio.
E no devaneio da minha noctâmbula... Um barulho! Um vento forte abre a janela e ‘invade’ meu quarto. Meu coração oscila em vento afável, ao encanto de um astro cintilante, que me ameiga com candura semelhante.
A princípio, um medo. Até que um despertar renasce de dentro para fora (Eu lírico: - malditos pleonasmos), sentir o terminar de uma era embriagada, era de torpor; aquela sensação atribui o meu recomeço, o acordar para novos tempos.
Procuro em todos os cantos, até que uma imagem é projetada ao meu olhar, nossa, a poesia emudece, as luzes se apagaram, ensejo faltou para descrever tudo
aquilo ao alcance dos meus olhos. Entreguei-me inconscientemente aquele timbre, pois sinto que aquilo me liberta das rédeas que amarram os ‘não apaixonados’, privando-os do que é belo.
 (Eu lírico: - de momentos assim surgem os “poemas”, e sinto que esse “poema” é um mistério, não pela busca de resposta, mas pela existência da pergunta).
A noção do tempo eu perdi, pois todo aquele momento desafia a lógica quântica. Aquele astro, bruscamente sai pela mesma janela, não antes de se esbarrar em uma estante onde se encontra todos meus livros, derrubando há, fazendo uma bagunça. Olho pra aquela ‘bagunça’ e bebo sedento a quinta taça. Eu gostaria tanto de poder dominar a língua dos homens com total maestria, de forma que eu pudesse explicar pelo menos para mim mesmo, o que senti neste momento.
Levanto a estante, tiro a poeira. Pronto, nova. Começo a colocar todos os livros de uma maneira que me convêm, que covêm ao hoje. Aqueles livros de ultra-romantismo, que outrora estavam em um lugar mais acessível, ficam para trás. Seus lugares foram tomados por romances.
Revistas, gibis e pequenos poemas, trancados em um baú, sem espaço para ‘futilidades’. Preciso apenas de grandes poetas, grandes historias e espaços vagos para os livros que o tempo me trará.


(Eu lírico: - Palavras que se encontram em vermelho, facilmente podem ser trocadas por outro nome, e um sobrenome.)

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